Heineken anuncia investimento de R$ 320 milhões em sustentabilidade em SP

O grupo Heineken vai investir R$ 320 milhões em suas unidades de produção no Estado de São Paulo para ampliar sua agenda de sustentabilidade e expandir sua produção, especialmente do rótulo Heineken 0.0, que não tem álcool.

O investimento se soma a outros R$ 1,7 bilhão em aportes feitos ao longo dos últimos três anos pela empresa no Estado. O valor anunciado nesta segunda-feira inclui a modernização das cervejarias localizadas nas cidades de Itu, Jacareí, Araraquara e Campos do Jordão. A expectativa é de que 400 empregos sejam criados relacionados ao montante investido.

Os recursos serão direcionados à ampliação do uso de energias renováveis, a exemplo das caldeiras de biomassa, e ao ganho de eficiência hídrica. A unidade de Jacareí ganhará uma caldeira de biomassa. A companhia tem a meta de chegar a 100% de energia renovável em suas fábricas em 2023.

Circularidade de embalagens de vidro também está entre as prioridades da cervejaria, que apresentará novas iniciativas para contribuir com a meta de atingir 100% de circularidade de suas embalagens utilizadas em bares e restaurantes até 2025.

Hoje, segundo o presidente do grupo, Mauricio Giamellaro, 30% do vidro usado pela companhia no país é importado. “Vidro hoje é um dos grandes desafios da indústria cervejeira. Ser sustentável nessa cadeia também ajuda a sermos mais eficientes na nossa produção e mais nacionalizados.”

Recentemente, a marca Heineken lançou um programa de geração distribuída de energia verde para bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras que, além de contribuir para a redução da emissão de carbono, traz o benefício direto de redução na conta de luz dos estabelecimentos, que pode chegar a 40%. A meta é chegar, até 2025, a 50% dos estabelecimentos que vendem cervejas o grupo. Agora, o programa também será disponibilizado aos consumidores finais.

No caso do Estado de São Paulo isso deve acontecer ainda no primeiro semestre deste ano. Para isso, é preciso se cadastrar em uma plataforma digital (www.heinekenenergiaverde.com.br) que vai conectá-lo a uma fonte de geração de energia verde. A distribuição de energia será feita normalmente pela rede da concessionária de energia regional, sem qualquer tipo de custo ou necessidade adaptação no sistema elétrico atual.

Essas medidas fazem parte do plano da companhia de neutralizar a emissão de carbono de toda a sua cadeia de valor até 2040. “O investimento vem para fortalecer a agenda de sustentabilidade. Estamos saindo discurso, que são os compromissos e indo pra prática, quando anunciamos. Esse investimento nos aproxima dessa ambição”, afirmou Mauro Homem, que assumiu à recém-criada vice presidência de sustentabilidade e assuntos corporativos da Heineken no Brasil. Além das metas financeiras, critérios ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) também entram no cálculo de bonificação dos executivos do grupo.

O investimento da Heineken também visa aumentar a presença de seu portfólio de marcas premium e craft (artesanal) no mercado. Uma das iniciativas é dobrar a capacidade produtiva de Heineken 0.0, passando a produzir também na cervejaria de Araraquara. Atualmente, o rótulo é produzido exclusivamente em Ponta Grossa e o Brasil já é seu maior mercado consumidor, de acordo com a empresa.

Na unidade de Itu, segundo Giamellaro, o objetivo é expandir a produção de cervejas especiais. “Itu é nosso maior investimento em, cervejas especiais. Está se tornando neste primeiro trimestre a maior produtora de cervejas especiais dentro do Brasil.”

Fonte: https://valor.globo.com

Heineken vai anunciar cidades finalistas para receber sua fábrica de R$ 1,8 bilhão no Brasil

A Heineken, segundo maior grupo cervejeiro presente no Brasil, se aproxima do anúncio de qual cidade mineira irá receber sua nova fábrica no Brasil, a primeira construída pela gigante no país.

Antes do anúncio final, esta semana a multinacional holandesa irá comunicar uma lista mais restrita dos municípios que estarão na reta final da disputa. O local da fábrica em Minas será decidido até o final de março.

A corrida para receber a nova fábrica da Heineken tem sido acirrada no último mês com mais de 200 cidades mineiras se candidatando para receber o projeto que contará com aporte de cerca de 1,8 bilhão de reais da multinacional.

Todo este movimento ocorreu após a desistência da Heineken no início deste ano de um projeto de fábrica na cidade de Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, devido a problemas de viabilidade ambiental. A Heineken, porém, manteve o compromisso de permanecer com o investimento dentro do estado de Minas Gerais.

Segundo fontes, a Heineken exige três fatores para instalar sua fábrica em Minas Gerais. O terreno para instalação necessita ter ao menos 50 hectares, ser plano e ter água corrente para a produção da cerveja e de preferência pertencer a iniciativa privada. Facilidade logística para distribuição é também um ponto importante para a tomada de decisão.

A fábrica será o primeiro investimento na construção de uma unidade de produção no Brasil da holandesa. Todas as cervejarias da Heineken presentes no país são oriundas de sua série de aquisições implementadas no mercado nacional, onde a mais importante foi a compra da Brasil Kirin em 2017. Atualmente, o Brasil é o maior mercado do mundo da Heineken.

Disputa das cidades por fábrica em Minas Gerais da Heineken tem alguns destaques

Entre as cidades que estão no páreo para receber o projeto estão Juiz de Fora, cidade-polo da Zona da Mata, as cidades históricas Mariana e Ouro Preto, Pirapora, situada às margens Rio São Francisco, na região norte de Minas e Frutal, Patrocínio e Uberaba, no Triângulo mineiro.

De acordo com o jornal O Tempo, a cidade de Ouro Preto, por exemplo, levantou diversas áreas com potencial para apresentar à cervejaria que se adequam as exigências realizadas pela empresa e, além disso, expôs um plano de marketing com o turismo da cidade.

O jornal mineiro mencionou ainda o retorno da cidade de Pedro Leopoldo a disputa, dentre os encontros que têm acontecido dentro da corrida da cidade para receber a instalação da fábrica.

A nova cervejaria deverá contar com capacidade de produção de 760 milhões de litros por ano e ajudará a compor o volume destinado a vendas crescentes no sudeste dentro do portfólio da Heineken.

Fonte: https://catalisi.com.br