{"id":569,"date":"2018-10-16T11:21:38","date_gmt":"2018-10-16T14:21:38","guid":{"rendered":"https:\/\/sindicerv.com.br\/?p=569"},"modified":"2018-10-16T11:22:50","modified_gmt":"2018-10-16T14:22:50","slug":"mulheres-assumem-postos-chave-no-mundo-da-cerveja","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.sindicerv.com.br\/noticias\/mulheres-assumem-postos-chave-no-mundo-da-cerveja\/","title":{"rendered":"Mulheres assumem postos-chave"},"content":{"rendered":"\n

Folha de S. Paulo (Revista da Folha)<\/strong><\/p>\n\n\n\n

No universo cervejeiro, n\u00e3o existe posto que a mulher n\u00e3o ocupe. Est\u00e3o na produ\u00e7\u00e3o de insumos, na f\u00e1brica, na distribui\u00e7\u00e3o, no escrit\u00f3rio, no bar, na sala de aula e no evento.<\/p>\n\n\n\n

E, segundo elas, cada vez mais. Pode ser dito que est\u00e3o retomando seu lugar. Isso porque no in\u00edcio, enquanto homens sa\u00edam para ca\u00e7ar ou guerrear, eram elas que preparavam as bebidas da fam\u00edlia. Diz a Larousse da Cerveja (ed. Larousse) que o dom\u00ednio feminino da produ\u00e7\u00e3o diminuiu s\u00f3 no final do s\u00e9culo 18, quando o “neg\u00f3cio” atraiu a presen\u00e7a masculina e a produ\u00e7\u00e3o ganhou tamanho.<\/p>\n\n\n\n

Mas, no s\u00e9culo 21, elas ainda t\u00eam que escutar “t\u00e3o pequenininha, bonitinha e faz cerveja?”. Elas, ent\u00e3o, explicam, rebatem ou colocam a m\u00e3o na massa a fim de acabar de vez com esse papo machista.<\/p>\n\n\n\n

Abaixo, saiba mais sobre: a sommeli\u00e8re\u00a0Kathia Zanatta<\/strong><\/a>, do Instituto da Cerveja; a s\u00f3cia do bar Ambar,\u00a0Julia Fraga<\/strong><\/a>; a gestora de eventos do setor,\u00a0Luana Cloper<\/strong><\/a>; a mestre-cervejeira\u00a0Fernanda Ueno<\/strong><\/a>; a empres\u00e1ria\u00a0Luiza Tolosa<\/strong><\/a>, da cervejaria D\u00e1diva.<\/p>\n\n\n\n

Kathia Zanatta, 34<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Quando, no come\u00e7o do curso de engenharia de alimentos, Kathia Zanatta decidiu que iria pra Alemanha trabalhar numa cervejaria, ela n\u00e3o gostava de beber. Sonhava, sim, em se envolver com a produ\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

E conseguiu. Em um janeiro (congelante), acordava \u00e0s 4h30 e ia, no escuro, p\u00e9s afundando na neve, at\u00e9 a f\u00e1brica da Paulaner, em Munique. O chefe logo perguntou \u00e0 ex-bailarina se n\u00e3o preferia uma vaga em marketing. Naquela cervejaria a presen\u00e7a de mulheres era incomum. “Por uma semana me deixaram na adega lavando o ch\u00e3o. O come\u00e7o foi tenso.”<\/p>\n\n\n\n

Isso foi h\u00e1 12 anos. Hoje, o machismo passa reto pela engenheira, que costuma estar \u00e0 frente de dezenas de alunos nos cursos que conduz em seu Instituto da Cerveja, em Moema, na zona sul de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n\n\n\n

Ao retornar ao Brasil, passou bons anos na ent\u00e3o Schincariol (hoje Brasil Kirin). Fez cervejas na Baden Baden, onde viu quem estranhava uma cervejeira com sacos de malte (“mulher tem que esquentar a barriga no fog\u00e3o, n\u00e3o aqui”, j\u00e1 ouviu) admitir que ela faria falta. “A d\u00favida do come\u00e7o virou respeito quando eu mostrei que era competente no meu trabalho.”<\/p>\n\n\n\n

Foi naqueles meses de Alemanha que ela se apaixonou pela cerveja. Na ind\u00fastria, foi se aprofundando nos r\u00f3tulos especiais e surgiu, ent\u00e3o, a possibilidade de dar cursos na ABS (Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Sommeliers). Em 2010, ela e o marido criaram o Instituto da Cerveja (hoje com v\u00e1rias especializa\u00e7\u00f5es).<\/p>\n\n\n\n

Apesar da falta que sente do ch\u00e3o de f\u00e1brica, Kathia se satisfaz formando outras sommeli\u00e8res -elas correspondem a 30% do total de alunos do instituto (algumas das que aparecem nas p\u00e1ginas seguintes, inclusive, passaram por sua sala de aula).<\/p>\n\n\n\n

Julia Fraga, 26<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Dos adjetivos que um bar poderia receber, Julia Fraga escolheu “hospitaleiro”. Antes de abrir no ano passado o Ambar, em Pinheiros, na zona oeste paulistana, ela e o noivo passavam pelas casas pensando o que gostavam em cada uma. Ao fim, queriam um lugar que recebesse bem a todos, independentemente de ser ou n\u00e3o um conhecedor de cerveja, um “geek barbudo”.<\/p>\n\n\n\n

Para o casal de administradores, a cerveja surgiu no copo e depois como oportunidade para empreender. “\u00c9 um mercado potencial, que est\u00e1 come\u00e7ando e aprendendo tamb\u00e9m”, conta ela. “Os fornecedores ainda est\u00e3o aprendendo. Ent\u00e3o, todos t\u00eam que se ajudar.”<\/p>\n\n\n\n

Foram estudar o produto e provar cervejas para preencher as 15 torneiras do bar -ao todo, mais de 300 passaram por ali. Elas ficam nos barris dentro da c\u00e2mara fria, atr\u00e1s do balc\u00e3o, para que suas propriedades sejam conservadas.<\/p>\n\n\n\n

Nesse mercado ainda t\u00e3o masculino, Julia escolhe o caminho da sutileza. A jovem encara as medidas dos p\u00e9s \u00e0 cabe\u00e7a seguidas de “mas voc\u00ea bebe cerveja?” com tranquilidade. “\u00c9 algo novo para as pessoas. Depois de uma conversa, o preconceito n\u00e3o continua. \u00c0s vezes, at\u00e9 se envergonham do que disseram.”<\/p>\n\n\n\n

Preconceito tamb\u00e9m por trabalhar em bar. “Voc\u00ea vai trabalhar ou s\u00f3 ficar aqui?”, j\u00e1 ouviu ela.<\/p>\n\n\n\n

Enquanto bebe uma Perro Libre Sorachi Berliner, que leva o nome do l\u00fapulo usado na receita, de pouco \u00e1lcool e aroma de lim\u00e3o-siciliano, Julia conta o que houve outro dia. “Achamos que essas coisas n\u00e3o existem mais, mas apareceu aqui um cara com uma cerveja chamada Puta Beer, com a imagem de uma pin-up. Guardei o cart\u00e3o para n\u00e3o me esquecer disso.” A p\u00e1gina do produto na internet complementa o conceito com o slogan: a cerveja que te satisfaz.<\/p>\n\n\n\n

“Eu n\u00e3o lideraria um grupo de mulheres, n\u00e3o \u00e9 da minha personalidade. Mas se isso n\u00e3o existisse, n\u00e3o prestar\u00edamos aten\u00e7\u00e3o. Hoje, o mercado abomina esse tipo de a\u00e7\u00e3o.”<\/p>\n\n\n\n

No bar (r. Cunha Gago, 129), ela e o noivo, que lhe apresentou esse mundo cervejeiro, dividem as fun\u00e7\u00f5es de acordo com as predisposi\u00e7\u00f5es. Ela costuma ficar de olho no sal\u00e3o, por exemplo. Cuidando pessoalmente do p\u00fablico, quase 50% feminino.<\/p>\n\n\n\n

Luana Cloper, 35<\/strong><\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o sou seu amor, n\u00e3o sou seu benzinho. Estou falando de neg\u00f3cios.” E que envolvem cerveja. Gestora de tr\u00eas eventos desse universo, Luana Cloper apela a uma postura “de general” para impor respeito. “N\u00e3o estou administrando uma festa.”<\/p>\n\n\n\n

Ela est\u00e1 \u00e0 frente do Brasil Brau (para cervejarias de todos os portes e fornecedores de produtos), do Degusta Beer & Food (evento dentro da Brasil Brau para consumidores) e do Mondial de la Bi\u00e8re (festival de origem canadense que ocorre no Rio de Janeiro).<\/p>\n\n\n\n

Ao sair do segmento de moda e assumir esse portf\u00f3lio, Luana mergulhou no novo tema. “Foi-se o tempo em que as empresas se adequavam aos conceitos dos eventos. Elas buscam locais que realmente correspondem aos anseios do mercado. Por isso, \u00e9 preciso estar dentro das ind\u00fastrias e cervejarias.”<\/p>\n\n\n\n

Luana tem uma vis\u00e3o meio de dentro, meio de fora do mercado de cerveja. “Acredito que o caminho da artesanal \u00e9 sem volta e que esse consumo s\u00f3 tende a crescer. Essa cerveja deslumbra o consumidor.”<\/p>\n\n\n\n

A administradora v\u00ea o p\u00fablico que aprecia (e paga por) bebida artesanal crescer nos eventos -na primeira edi\u00e7\u00e3o do Mondial, em 2013, eram 16 mil pessoas; na pr\u00f3xima, esperam-se 60 mil.<\/p>\n\n\n\n

“A grande ind\u00fastria percebeu isso com clareza. Em v\u00e1rias partes do mundo a gente v\u00ea as cervejarias artesanais sendo incorporadas por grandes grupos.”<\/p>\n\n\n\n

Nos eventos, v\u00ea crescer tamb\u00e9m a presen\u00e7a feminina. “N\u00e3o existe lugar em que elas n\u00e3o estejam e cada vez mais com destaque. Mas ainda h\u00e1 espa\u00e7o para mulheres em cargos de mais responsabilidade. Mas isso faz parte de um processo, a cultura cervejeira do pa\u00eds \u00e9 muito nova.”<\/p>\n\n\n\n

Luiza Tolosa, 29<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Aquele mercado potencial, que parecia independente dos canais de venda tradicionais, atraiu e deu seguran\u00e7a a Luiza Tolosa para que investisse nele seu tempo. Foi ent\u00e3o estudando e se envolvendo. “Brinco que minha paix\u00e3o pela cerveja \u00e9 conquistada, n\u00e3o \u00e0 primeira vista. Come\u00e7ou com trabalho mesmo, uma vis\u00e3o de neg\u00f3cio.”<\/p>\n\n\n\n

Desde fevereiro de 2014, a cervejaria dela, a D\u00e1diva, est\u00e1 em opera\u00e7\u00e3o. “N\u00e3o achei que empreender fosse t\u00e3o dif\u00edcil. H\u00e1 uns meses fui para Portugal e o n\u00edvel de discuss\u00e3o dos cervejeiros \u00e9 outro. \u00c9 uma briga por aumentar o mercado de cerveja artesanal, n\u00e3o uma briga por sobreviver”, conta ela.“Aqui, entender a burocracia \u00e9 um trabalho tremendo”, continua a empres\u00e1ria. “Quando voc\u00ea v\u00ea, gasta mais tempo para definir uma regra tribut\u00e1ria do que criando um r\u00f3tulo de cerveja, inovando em produto.”<\/p>\n\n\n\n

A D\u00e1diva come\u00e7ou pequena, com 10 mil litros instalados de tanque, Luiza e um cervejeiro. Hoje, s\u00e3o tr\u00eas galp\u00f5es e a empresa abra\u00e7ou a produ\u00e7\u00e3o e distribui\u00e7\u00e3o de outras duas cervejarias ciganas -os ajudando com as quest\u00f5es que tiram o tempo de quem quer pensar na produ\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Ser\u00e1 que somos concorrentes? Talvez, mas o mercado gosta de pluralidade. \u00c9 uma rela\u00e7\u00e3o muito legal de troca de conhecimento. E se hoje temos esse tamanho, \u00e9 por causa deles.”<\/p>\n\n\n\n

Pequenos t\u00eam mesmo que se unir quando os grandes s\u00e3o vorazes. “Muitas artesanais est\u00e3o com receio desse movimento de compra por grandes cervejarias. Falamos muito sobre o que houve nos Estados Unidos: a ind\u00fastria n\u00e3o acreditou nas artesanais e perdeu muito mercado. Temos medo que as grandes n\u00e3o deixem ocorrer aqui o que ocorreu l\u00e1.”<\/p>\n\n\n\n

Mesmo administrando tantas coisas, h\u00e1 quem bata na porta da f\u00e1brica e pe\u00e7a para falar “com o dono”. “Nunca \u00e9 com a dona.”<\/p>\n\n\n\n

Pois atitudes machistas fizeram com que ela e outras cervejeiras criassem, em 2016, o Ela, um coletivo de mulheres que produziu um r\u00f3tulo e doou o lucro para uma institui\u00e7\u00e3o envolvida com a causa feminina. “Passamos por questionamentos toda hora. N\u00e3o \u00e9 s\u00f3: ‘Deixa eu te contar sobre cerveja’. \u00c9 ‘deixa eu te contar que sou uma mulher que sabe de cerveja’. Talvez os homens n\u00e3o precisem pedir para serem ouvidos.”<\/p>\n\n\n\n

Fernanda Ueno, 30<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Nas f\u00e9rias de 2009, quando Fernanda Ueno voltou para Ribeir\u00e3o Preto (interior paulista), bateu na porta da Colorado. Fez tr\u00eas meses de est\u00e1gio na cervejaria e, a partir da\u00ed, passava algumas horas l\u00e1 quando ia \u00e0 cidade. Ela j\u00e1 estudava engenharia de alimentos, em Florian\u00f3polis, e produzia cerveja em casa.<\/p>\n\n\n\n

Em 2012, entrou definitivamente na empresa, tornou-se supervisora de produ\u00e7\u00e3o. Estava na Calif\u00f3rnia se formando mestre-cervejeira quando soube da compra da Colorado pela Ambev. O susto passou ao retornar. “A equipe cresceu, mudamos de f\u00e1brica e conseguimos melhorar bastante a qualidade.”<\/p>\n\n\n\n

Hoje, \u00e9 “head brewer” da Colorado, um papel importante na qualidade da cerveja. Comanda n\u00e3o s\u00f3 esses tanques, mas tamb\u00e9m os da Japas, cervejaria cigana que criou com quatro colegas. “Dizemos que \u00e9 uma forma de realmente ir atr\u00e1s das nossas origens.”<\/p>\n\n\n\n

Teve in\u00edcio como uma brincadeira, de 40 litros. As descendentes usavam nas receitas um\u00ea (ameixa japonesa), ch\u00e1 de cevada e wasabi -e esta foi a favorita, uma american pale ale. Depois, veio uma pilsen com flor de jasmim. Outras est\u00e3o na cabe\u00e7a, para serem produzidas em at\u00e9 2.000 litros por lote. “Para ter um chope mais fresco.”<\/p>\n\n\n\n

Quando come\u00e7ou na produ\u00e7\u00e3o, eram poucas as mulheres na \u00e1rea. \u00c9 um trabalho pesado, “mas descobri que n\u00e3o preciso ser forte, preciso ter jeito”. Ela sobe nos paletes e assim descarrega 50 quilos de malte. “Gosto de descobrir as formas mais eficientes de fazer.”<\/p>\n\n\n\n

“Tem muita cervejaria que em festivais objetifica as mulheres que servem cerveja, tirando o foco da bebida. \u00c9 ruim e acontece at\u00e9 hoje. O mesmo cara que bebe l\u00e1 vai ao nosso estande achando que a fun\u00e7\u00e3o \u00e9 a mesma, e n\u00e3o que voc\u00ea faz a cerveja e envasa”, diz. “\u00c9 um mercado muito masculino, que muda a passos de formiga. Mas muda.”<\/p>\n\n\n\n

Um mercado que evolui mais rapidamente sua bebida. “Estamos num momento bom, acompanhando o que ocorre no mundo e com cervejas t\u00e3o boas quanto as americanas”, diz. “Temos o que desenvolver, inclusive a engessada legisla\u00e7\u00e3o, mas os cervejeiros est\u00e3o mais e mais criativos.”<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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